Os tutores com frequência solicitam aos veterinários, recomendações ou comparações sobre os diferentes tipos de alimentos industrializados e tomam como característica relevante o “gosto” dos alimentos. Embora o gosto seja também importante, é somente uma das variáveis envolvidas. Quando falamos em modalidades sensitivas dos cães e gatos, as principais para aceitação e preferência dos alimentos são: aroma, gosto e textura. Contudo, quando falamos em apreciação do alimento, o olfato e o paladar não desempenham os mesmos papéis.
O sistema olfatório dos cães e gatos é altamente desenvolvido, com uma alta quantidade de neurônios do sistema nervoso central relacionada ao olfato. Contudo, a capacidade olfativa pode ser reduzida por diversos fatores, como o envelhecimento, por exemplo. Os cães anósmicos, que são aqueles que apresentam perda total do olfato, possuem capacidade muito reduzida de diferenciar alimentos, o que evidencia o papel fundamental do aroma na seleção de alimentos. Contudo, apesar da evidente importância do olfato para cães e gatos, os alimentos devem também ter gosto para que os pets demonstrem interesse numa ingestão prolongada. Além disso, o gosto do alimento também tem sua importância no estímulo da secreção salivar, gástrica e intestinal, e oferece a oportunidade da rejeição de um alimento potencialmente tóxico. Mas, se por um lado o olfato é mais desenvolvido nos cães e gatos do que no homem, o mesmo não se aplica ao paladar. Enquanto o homem possui um paladar bem apurado com cerca de 9.000 papilas gustativas, o cão possui cerca de 1.700 e o gato cerca de 500.
Os gatos e cães domésticos exibem o legado de suas origens, isso quer dizer que os sistemas gustativos de cães e gatos são baseados no que é provavelmente um padrão carnívoro geral. Entre as papilas gustativas, as unidades mais comuns respondem principalmente aos aminoácidos descritos como “adocicados” para humanos. Cães também respondem aos monos e dissacarídeos, mas os gatos não, por isso eles têm pouco ou nenhum interesse por açúcares. O paladar em gatos é baseado no padrão carnívoro, assim como para cães, mas com especialização adicional, que pode ser explicada em termos de suas necessidades nutricionais mais especializadas.
As unidades sensíveis aos ácidos em gatos são amplamente semelhantes às dos cães, assim como as unidades sensíveis aos nucleotídeos. Estes últimos, quando se acumulam no tecido animal em decomposição, desagradam aos gatos, mas não aos cães, o que explica parcialmente a fascinação canina e a antipatia do gato pela carniça. Além disso, os gatos são muito sensíveis ao gosto amargo, mais do que os cães, o que garante a rejeição às substâncias tóxicas. Os gatos também rejeitam muitos aminoácidos amargos como arginina, isoleucina, fenilalanina e triptofano. Os cães respondem aos nucleotídeos associados ao sabor ‘‘umami’’ em humanos e respondem a um pequeno número de compostos ‘‘frutados’’. Já os gatos têm outro grupo de unidades gustativas que é estimulado por muitas substâncias, como quinina, alcalóides e ácidos (tânico, málico e fítico), que são percebidos como amargos e podem ser recusados.
Embora tais vieses sensoriais possam predispor os cães e gatos a preferirem alguns alimentos a outros, essas preferências podem ser modificadas pelas experiências alimentares infantis, experiências novas e fatores sociais. Os cães e gatos que se alimentam de uma variedade de alimentos e, após comerem apenas um flavor por um tempo, optam por novo flavor, são chamados de neofílicos. É uma situação comum em pets bem socializados e confortáveis em seus ambientes e, normalmente, os tutores pensam que a dieta se tornou monótona ou que os pets enjoaram. Já os cães e gatos que evitam qualquer novo flavor e optam por um flavor familiar, são chamados de neofóbicos, o que é muito comum em ambientes estranhos ou estressantes. Contudo, os efeitos mais poderosos da experiência sobre o comportamento alimentar em qualquer espécie são as aversões, nas quais uma doença induz a recusa completa e persistente do alimento em oferecimentos subsequentes.
Outro ponto interessante, é que cães e gatos têm pouca sensibilidade ao gosto do sal. Muitos herbívoros e onívoros, como o homem, exibem apetite por soluções de sódio ou sal (NaCl), mas isto não foi demonstrado em carnívoros. Eles não experimentariam dietas deficientes em sódio em situações normais, já que as presas contêm, naturalmente, quantidades adequadas de sódio. Além disso, o sódio ocorre principalmente no fluido extracelular e a concentração de sódio no fluido extracelular em animais é semelhante. Então, os carnívoros teriam pouca oportunidade de experimentar alimentos com grandes diferenças no teor de sódio.
Assim, tanto o paladar, como a dentição e o padrão alimentar de cães e gatos domésticos podem ser interpretados em termos de suas descendências dos membros da Ordem Carnívora. Dados sobre a ecologia alimentar do lobo mostram que os progenitores de nossos cães eram carnívoros verdadeiros e adaptativos, e não onívoros. O conteúdo de proteína bruta na dieta média do lobo está bem acima do requisito mínimo estabelecido para esse nutriente. Eles consumiam uma quantidade pequena de matéria vegetal e podiam passar por períodos prolongados de fome durante a baixa disponibilidade de presas, enquanto, após uma caçada bem-sucedida, a ingestão de alimentos e nutrientes podia ser excessiva. Como resultado de um estilo de vida de “festa e fome”, os lobos precisavam lidar com uma ingestão de nutrientes altamente variável, exigindo um metabolismo adaptável, que ainda é funcional em nossos cães modernos. Já os gatos domésticos são carnívoros altamente especializados. Sua preferência por várias pequenas refeições todos os dias reflete um padrão diário do seu ancestral, o gato selvagem, que é um predador mais especializado que o lobo.
Então fica fácil entender o motivo de cães e gatos preferirem as proteínas e gostarem especialmente do gosto dos componentes das carnes e das vísceras. O fígado, por exemplo, após hidrólise enzimática, como a digestão, libera aminoácidos e peptídeos que agradam principalmente aos gatos. Isso quer dizer que o hidrolisado de fígado é muito gostoso e por isso é considerado um palatabilizante. Além disso, estudo com gatos, focado em seleção de macronutrientes demonstrou que, em livre escolha, eles selecionaram proteínas e gorduras em níveis maiores do que a necessidade. O conteúdo de proteína da dieta também está associado positivamente com a seleção do alimento pelos cães.
No que se refere à textura, em média, os gatos e cães gostam dos alimentos úmidos por possuírem o conteúdo de água semelhante ao da carne. No entanto, alimentos secos também são bem aceitos. Além disso, as gorduras são intensificadoras de sabor e podem ter influência positivamente na textura dos alimentos. Um ponto interessante dos gatos é que sua preferência se situa nos dois extremos: podem optar por uma alimentação extremamente úmida ou muito seca.
A temperatura na qual a comida é servida também é importante, uma vez que os gatos rejeitam alimentos úmidos com temperatura inferior a 15◦C ou superior a 50◦C. De maneira geral, os cães e gatos preferem alimentos servidos em temperatura próxima à corporal e é importante lembrar que o aquecimento em microondas pode produzir “pontos quentes” e gerar aversão quando queimam a boca de modo acidental.
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