A esterilização provoca certas modificações no metabolismo dos gatos castrados, mas é possível corrigi-las com os alimentos adequadas.
Trazemos para você alguns mitos e verdades relacionados com a esterilização
1. “A esterilização fez com que o meu gato ficasse gordinho, ele não tem culpa”.
Apesar de ser verdade que os gatos castrados apresentam uma maior tendência para o aumento de peso, o mesmo é perfeitamente evitável. Intervenções tão simples como servir menos comida ao gato ou dedicar algum tempo por semana a brincar com ele podem ajudar substancialmente no controlo do peso do gato. Outra opção é utilizar brinquedos que promovam a atividade para conseguir o alimento, como o dispensador Advance Activity Ball.
2. “Desde que o castramos que tem mais fome”
É verdade: os gatos castrados aparentam ser incapazes de controlar a quantidade de alimentos que ingerem a curto prazo. Observou-se que o aumento da ingestão começa imediatamente após a esterilização e que tendem a comer todo o alimento que lhes é servido na tigela.
3. “A esterilização torna o gato mais preguiçoso e modifica a sua personalidade”
Falso. Não existe nenhum estudo que mostre que os gatos se tornam mais preguiçosos depois da castração. No entanto, verificam-se algumas modificações no seu comportamento que são benéficas para um gato doméstico. Por um lado, diminuem as manifestações sexuais, como a marcação do território com urina, as fugas de casa, lutas, etc. Por outro lado, tornam-se mais tranquilos. Se se estimular a atividade física por meio de brincadeiras, o gato esterilizado irá reagir com mais atividade.
4. “Os gatos castrados necessitam de valores energéticos mais baixos.”
Observou-se que os gatos esterilizados possuem uma menor necessidade de energia, o que implica que para manter o peso ideal o fornecimento energético da dieta deverá ser reduzido. As duas possíveis causas são:
- Diminuição do índice metabólico
- Diminuição da atividade física
Tal como foi mencionado anteriormente, podemos suspeitar de uma menor atividade física devida a uma mudança no comportamento sexual e à adaptação à vida no interior. Em relação ao índice metabólico, não existe uma opinião homogênea, sendo que os resultados de vários estudos diferem bastante entre eles. Alguns dados mostram uma diminuição do índice metabólico em repouso de cerca de 30%, enquanto que outros apontam para uma modificação na composição corporal, nomeadamente uma diminuição da massa muscular do gato, o que por sua vez provoca uma diminuição do gasto energético (cerca de 54% do gasto energético deve-se à massa muscular).
A característica chave para prevenir a obesidade para gatos castrados é a alimentação! Para controla-la são necessários alguns cuidados. Primeiramente, é aconselhável restringir a energia entre 14% e 40%. A recomendação mais adequada é a de 50-60 kcal/kg de peso corporal por dia, mas observou-se que menos de 40 kcal/kg de p.c./dia já é suficiente. Impedir o alimento disponível sempre que o gato queira também é muito importante. Os gatos castrados são incapazes de controlar a ingestão. Oferecer a ele mais proteínas e menos gorduras, sempre. Melhorar a composição corporal para um peso mínimo também é essencial. Assim, limita-se o fornecimento energético, mas claro que o pet também precisa ter um estilo de vida saudável!
O ideal é que as intervenções dietéticas sejam acompanhadas de um aumento da atividade física. Brincar com eles, estimular o movimento com a finalidade de encontrar comida e potenciar o meio envolvente são as melhores formas de fomentar a atividade física, os levando a uma vida mais longa e saudável!
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