O ácido linoléico (LA) é um precursor dos ácidos graxos poliinsaturados (AGPs) da família ômega 6, os quais são necessários para manter estrutura e função normais da pele. Os AGPs, particularmente o LA, são componentes importantes da fração fosfolipídica das células epidérmicas (ceramidas), responsáveis pela estrutura e fluidez da barreira epidérmica. O LA não é sintetizado pelos cães e gatos e, por isso, é considerado essencial e deve estar presente na dieta. O óleo de aves é rico em LA, mas também pode ser encontrado em óleos vegetais, como o óleo de linhaça. A deficiência de ácidos graxos essenciais em cães e gatos é caracterizada bioquimicamente na pele pela ausência de LA e AA e pelo acúmulo de ácidos graxos monoinsaturados. Quando esses ácidos graxos substituem o LA nas ceramidas, ocorre um aumento da perda de água transepidérmica. São sinais clínicos de deficiência de ácidos graxos na dieta: pelos secos, sem brilho e hipocrômicos, perda da elasticidade cutânea, alopecia, hiperqueratose, disqueratinização, perda transepidérmica de água com exsudação interdigital, edema cutâneo e otite externa. Isso ocorre se a dieta for desbalanceada, pobre em gordura ou mal conservada. Além disso, sinais cutâneos de deficiência podem ser notados se o animal sofre de má absorção intestinal, doença pancreática exócrina ou doença hepática crônica.