O ácido araquidônico (AA) é um dos ácidos graxos poliinsaturados (AGPs) da família ômega 6, necessário para manter estrutura e função normais da pele. O AA está presente nos fosfolipídios das membranas celulares e quando existe um insulto físico ou bioquímico, a enzima fosfolipase A2 é ativada, promovendo a liberação de AA para produção de eicosanóides, que incluem os tromboxanos, leucotrienos e prostaglandinas. Os eicosanóides são importantes na secreção e regulação dos hormônios e são compostos chaves nos processos inflamatórios e imunes. Como o ácido araquidônico pode influenciar a proliferação epidérmica, via prostaglandina E2, a deficiência de AA resulta em uma diminuição da proliferação epidérmica, além de comprometer a integridade das membranas celulares. Isso ocorre se a dieta for desbalanceada, pobre em gordura ou mal conservada. Além disso, podem ocorrer sinais cutâneos de deficiência se o animal sofre de má absorção intestinal, doença pancreática exócrina ou doença hepática crônica. Os cães têm capacidade de converter o ácido linoleico (LA) em AA. Porém, o enriquecimento apenas com LA durante a gestação e lactação é um meio ineficaz de fornecer AA. Durante a gestação e após o nascimento, o AA é seletivamente acumulado no cérebro e na retina e, então, é necessário fornecer o suficiente de AA para as necessidades nutricionais. Já os gatos têm limitada atividade da enzima delta-6-desaturase, responsável por converter LA em AA. Sendo assim, o AA é um nutriente essencial para gatos em todas as suas fases de vida. Suas fontes são os ingredientes de origem animal terrestre.